Greg Houben Brasilian Trio

Vindo de uma família em que o pai é um famoso saxofonista e flautista jazzista (Steve Houben) e a mãe, produtora de teatro, Greg Houben desde pequeno viveu então banhado no universo artístico, aprendendo a tocar aos 14 anos o acordeão e, a estudar teatro, mas é aos 17 anos que ele descobre um país, o Brasil.

 Pela influencia musical de seu pai, ele conheceu alguns artistas incontornáveis da música brasileira, mas é em sua primeira estadia  no Brasil que Greg Houben foi um pouco mais além desfilando na escola de samba Império Serrano e descobrindo assim João Donato, Yamandú Costa, Hamilton de Holanda, Marito Correa...

De volta à Bélgica, sua paixão pela música influenciada pelos nossos grandes compositores brasileiros, o fez dar início a seus estudos de trompete no Conservatório de Música de Bruxelas e como previsto, dá-se então o inicio a sua carreira de jazzista em seu país de origem e dentre suas turnês internacionais, à volta ao Brasil com seu trio:

Greg Houben : Trompete e voz; Quentin Liégeois : Guitarra;  Cédric Raymond : Contrabaixo

 O formidável encontro com o guitarrista belga Quentin Liègeois com o qual ele forma seu primeiro quarteto o deixa tão à vontade que ele começa a também cantar. 

 Sua paixão incessante pelas sonoridades, melodias e harmonias da música brasileira fez com que ele montasse o projeto BRAZZ, tocando essencialmente música brasileira em grandes festivais de música do cenário musical belga.

 Sendo um artista de multi facetas, ele se junta a diferentes projetos musicais, no grupo Now then and again com seu pai Steve Houben e Mélanie Debiazio; em Água de beber com vários músicos brasileiros e em outros projetos com grandes nomes do jazz europeu: Michel Herr, Stéphane Belmondo, Rick Hollander...

 Nunca tendo rejeitado o teatro, Greg Houben também participa a numerosos projetos com a criação em especial de um projeto para o teatro junto a Agnès Limbos com o qual ele se apresenta em São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Londrina.

Em 2009, ele ganha a premiação de jovem talento do famoso premio Django d´or, premio este em memória ao grande guitarrista Django Reinhardt dado aos grandes talentos musicais de jazz da cena belga.

Com a promissora cantora clássica, Julie Mossay ele grava o disco ¨Après un rêve¨ (Depois de um sonho), seu primeiro disco como diretor de um projeto ambicioso em simbiose com o octeto da música clássica e da world music.

 Em seu segundo disco em 2009, How deep is the ocean, Greg Houben volta à formação em trio com o também ganhador do premio Django d´or de 2009, Quentin Liègeois na guitarra e Sam Gerstmans no contrabaixo, sendo eles escolhidos para representar a Bélgica no festival de Pequim no Nine Gates Jazz festival em 2009 e na Exposição Universal de Xangai em 2010.

 Em 2010, Greg Houben grava seu terceiro disco em quinteto com o saxofonista francês Pierrick Pédron e atualmente ele prepara seu quarto disco, sendo este um dos projetos no qual ele retoma sua faceta de cantor e mistura suas duas principais influencias musicais: a canção francesa com a música popular brasileira!

Tendo já uma parte do disco gravada no Brasil, no estúdio Cia dos Técnicos no Rio de Janeiro com a participação de músicos brasileiros, mas segundo Greg:- Esta é uma oportunidade única para gravar minhas canções em um gênero musical para o qual eu tenho uma paixãozinha!

Para o disco em trio, os músicos escolheram uma fórmula instrumental inusitada, sem baterista, pois a finalidade é dosar o clima e a intensidade musical tocada em seu repertório o qual possui algumas composições originais e clássicos de jazz tais que: Daybreak e For minors only.  

Revisitando esses clássicos, o trio dá o máximo de sua potencialidade, uma música quase que se arrastando ao limite de sua força como à de Chet Baker cuja forma, é de uma sombra clara, a marca incontestável do disco.   Um jazz do passado e ao mesmo tempo atual, no qual nem a emoção nem a melodia não se deixam submergir pelas virtuosidades técnicas e metódicas de uma composição abstrata. Em resumo o espírito do jazz de fato!

O trio também interpretará canções em francês, algumas inéditas vindas do grande repertório da canção francesa, mas igualmente outras vindas da caneta do próprio Greg Houben que no momento, está preparando um novo disco com músicos brasileiros, Um belga no Rio. Uma parte deste disco já foi gravada e no Rio de Janeiro!

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